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Este artigo é sobre a arte viva ao elaborar e lecionar aulas de trabalhos manuais do 2° ao 6° ano do Ensino Fundamental na Pedagogia Waldorf, que constituem um dispositivo para a arte da escrita da vida por meio das mãos. As aulas devem ser elaboradas de acordo com o currículo, ter coerência, tocar internamente o professor e apenas depois envolver os alunos de forma a despertar um sentido, tornando-se uma arte viva.
Ensinar com vida e arte é um caminho interior, alinhavando os vários fios de conhecimento para melhor compreender o ser humano através da antroposofia.
Como caminho de investigação e conhecimento, o braço humano, aliado aos sentidos, vai além de ser uma parte do corpo: pode ser um instrumento para expressar a vida interior de várias formas, e uma delas é pelo gesto individual, como um artífice, expressando no mundo externo o interior da alma de quem faz.
As aulas de trabalhos manuais promovem vivências profundas ao serem incorporadas pelo âmbito corporal e anímico, e os órgãos do sentido envolvidos nessas atividades são as janelas pelas quais o ser humano se relacionará com o mundo externo.
As aulas são preparadas para que a vida possa pulsar de forma saudável e despertar qualidades anímicas sem sobrecarregar a criança. Favorecem também condições de um aprender e apreender incentivado pela fantasia, despertando a capacidade no fazer e atuar das próprias mãos, relacionando a arte do trabalho manual com a vida e para a vida, para dela partir e para ela retornar.
Segundo a antroposofia, desenvolvida por Rudolf Steiner, percebe-se o quanto é importante conhecer o ser humano de forma integral para que seja possível educá-lo não só trabalhando com a consciência, mas com o inconsciente. Ensinar não apenas com o conteúdo, mas repetir com o próprio corpo, pois é por meio da repetição com sentido que esse aprender e apreender será absorvido.
Os trabalhos manuais na visão da antroposofia devem proporcionar habilidades aos alunos para que eles possam adquirir, nos mais diferentes e variados sentidos, formas de criar por si mesmos brinquedos e itens que tenham significado e utilidade, unindo o lúdico ao artístico (STEINER, 2014, p. 236-237).
Na escrita deste artigo, percebe-se que o essencial não é o tempo nem a memória em si, mas o que se aprende. Assim, a arte-viva-da-vida vai colocando o pensamento em movimento, unindo os fios do pensar e do fazer à essência do coração, pois tudo o que for ensinado à criança deve estar provido de vida e relacionar-se com vida-viva ,
Cada aluno e cada professor pode ser artífice (*) da sua própria vida, pois a vida não imita a arte: a arte é a própria vida-viva